Minerais
Os minerais são muito
importantes, pois desempenham inúmeras funções no organismo animal. Eles são
componentes estruturais do corpo, das proteínas, dos hormônios, dos aminoácidos
e de algumas vitaminas do complexo B; têm funções ativadores de enzimas e
mantêm o equilíbrio ácido-básico no sangue e nos fluidos corporais (RIOS et
al., 2011).
O cálcio é o principal
componente dos ossos e exerce importante papel metabólico na coagulação do
sangue, na excitabilidade neuromuscular normal e no equilíbrio ácido-básico.
A absorção de cálcio é
dependente da sua quantidade na ração e da sua relação de proporcionalidade com
o fósforo e a vitamina D. Entretanto, nos coelhos, essa dependência não é tão
importante como em outras espécies (RIOS et al., 2011).
De acordo com a
categoria e as condições dos animais, as exigências de cálcio variam entre 0,4
e 1,6%. Nas rações em que são utilizados feno de alfafa, de soja perene e
demais leguminosas, as necessidades de cálcio e de fibra são atendidas (RIOS et
al., 2011).
A falta de cálcio
prejudica a reprodução, a produção de leite, o crescimento, a calcificação dos
ossos, hemorragias, deficiência neuromuscular, etc. (RIOS et al., 2011).
O fósforo, associado ao
cálcio, é um importante componente dos ossos e possui elevada importância no
metabolismo energético celular. Apesar de o coelho ser monogástrico, devido à
digestão microbiana no ceco e a cecotrofia, ele consegue utilizar o fósforo
orgânico. Rações com níveis de fósforo acima de 1,5% tendem a ser recusadas
pelos animais (RIOS et al., 2011).
Os minerais sódio,
cloro e potássio estão envolvidos nos equilíbrios ácido-básico e orgânico de
água. O coelho necessita sempre ingerir sódio, pois ele não consegue retê-lo no
organismo. Assim, é necessário adicionar esse mineral na ração na proporção de
0,5. A inclusão de sal na ração satisfaz simultaneamente as exigências de sódio
e cloro. Não é necessário adicionar potássio, pois ele é encontrado em grandes
quantidades nos alimentos que compõem as rações para coelhos (RIOS et al.,
2011).
O magnésio é um
componente dos ossos e está envolvido na ativação de enzimas e na transmissão
de impulsos nervosos. A falta deste mineral causa irritabilidade, convulsões,
crescimento reduzido, má qualidade dos pelos e até morte (RIOS et al.,
2011).
A exigência é pequena,
entre 0,03 e 0,04% na ração. Dessa forma, não é necessário adicioná-los, pois
os alimentos utilizados como componentes das rações são ricos em magnésio e
fornecem níveis maiores do que os necessários (RIOS et al., 2011).
O manganês é importante
para a formação da matriz óssea e sua deficiência causa o desenvolvimento
anormal dos ossos. Nos coelhos, é comum a ocorrência de pernas tortas quando há
deficiência deste mineral. Assim como ocorre com o magnésio, os alimentos adicionados
à ração possuem quantidades satisfatórias de manganês, não sendo necessário
acrescentá-lo (RIOS et al., 2011).
A hemoglobina é
responsável pelo transporte de oxigênio pelo sangue e o ferro está relacionado
à sua síntese além de ser um componente estrutural. Assim, a deficiência de
ferro reduz a formação de hemoglobina, o que causa a anemia (RIOS et al.,
2011).
Quando nascem, os
coelhos possuem grande reserva deste mineral e, por isso, não são suscetíveis
de anemia durante o aleitamento. Pelo fato do fígado conseguir armazená-lo e os
alimentos normalmente conterem ferro, não é necessário fornecê-lo na ração
(RIOS et al., 2011).
O cobre também está
envolvido na formação da hemoglobina, pois está ligado ao metabolismo do ferro.
O cobre também contribui na formação óssea, na ativação de várias enzimas e na
pigmentação dos pelos. A carência nutricional deste mineral provoca anemia,
anormalidade óssea e descoloração dos pelos (RIOS et al., 2011).
A inclusão de cobre na
dieta por meio da adição de sulfato de cobre na concentração de 125 a 250 mg/kg
de ração, em alguns casos, reduz a incidência de diarreias, melhora o ganho de
peso e a conversão alimentar (RIOS et al., 2011).
O cobalto é necessário
para a síntese da vitamina B12 que acontece no intestino grosso dos coelhos
pela ação microbiana. A flora microbiana desses animais é bastante ativa,
produzindo quantidades satisfatórias de vitamina B12 mesmo que a quantidade de
cobalto proveniente dos alimentos seja pequena. Dessa forma, não é necessário
adicioná-lo na ração (RIOS et al., 2011).
O iodo é muito
importante no metabolismo do coelho, pois é constituinte do hormônio tiroxina.
Sua deficiência ocasiona o aumento da glândula tireoide, cujo sintoma é a
formação do papo. A falta de iodo também afeta a reprodução, pois a taxa de
natimortos é elevada e os filhotes nascem frágeis. O iodo deve ser fornecido na
ração pela adição de sal iodado (RIOS et al., 2011).
O zinco participa da
ativação de diversas enzimas e do metabolismo do DNA. Sua deficiência causa
redução na fertilidade e no consumo de alimentos e provoca perda de peso,
descoloração de pelos e dermatite. Tais sintomas foram observados em testes de
laboratório, não existindo, portanto, recomendações de adição desse mineral às
rações (RIOS et al., 2011).
Fonte:
SOUZA, Gabrielle Chaiben Consentino Franco de -Criação de coelhos – Cunicultura
– Dossiê Técnico – TECPAR – 2011
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