Conservação
Após a
retirada, as peles podem ser processadas e curtidas imediatamente ou
conservadas para posterior curtimento. Um dos processos de conservação das
peles é colocá-las imediatamente em uma câmara frigorífica, congelador
doméstico ou freezer até ser comercializada ou curtida (VIEIRA et al.,
[200-?]).
Caso não
haja equipamentos disponíveis, a peles devem ser colocadas para secar, o mais
rápido possível. Essa secagem pode ser feita de duas maneiras: com a pele
fechada ou aberta. Para a secagem com a pele fechada, ela deve ser estendida em
um esticador, preferencialmente de madeira. Para a secagem com a pele aberta,
ela deve ser esticada e pregada em uma tábua, o que dispende maior tempo e
custo. Além disso, nunca a pele fica bem esticada e as pontas ficam viradas e
encolhidas, causando a queda de pelos nesses locais (VIEIRA et al.,
[200-?]).
A secagem
do material deve ser feita à sombra e em locais bem ventilados. Dependendo da
temperatura ambiente, pode demorar de 5 a 15 dias. Esse tipo de pele pode ser
comercializado na categoria de pele seca (VIEIRA et al., [200-?]).
Caso as
peles não sejam vendidas ou processadas logo depois da secagem, elas devem ser
guardadas em locais frescos e secos e em caixas bem fechadas para evitar a
entrada de insetos. Se necessário, podem ser usados produtos repelentes, como a
naftalina (VIEIRA et al., [200-?]).
Curtimento
O processo
de curtimento inicia-se com a reação de uma película existente na parte interna
da pele. Então, a pele deve ser colocada em uma solução, denominada píquel,
composta de água, ácido fórmico e cloreto de sódio por 12 horas. A quantidade
de cloreto de sódio deve ser de 6 graus baumé e o pH deve ser mantido em 3
(JACINTO, 2010).
Após o
período de 12 horas, o curtente deve ser adicionado. Se o objetivo for a
obtenção de couro branco, utiliza-se como curtente o sulfato de alumínio. Para
a obtenção de couro azulado, utiliza-se o sulfato de cromo. A quantidade a ser
adicionada é de aproximadamente 6% do peso da pele, que deve permanecer nessa
solução por mais 12 horas. Então, adiciona-se bicarbonato de sódio, diluído em
água na proporção 1:10. O pH deve ficar em torno de 4. No dia seguinte, a pele
deve ser bem enxaguada. Na parte interna, com o auxílio de uma escova macia,
aplica-se o óleo de engraxe aniônico (JACINTO, [200-?]).
Para o
curtimento caseiro, pode ser preparada uma solução contendo 500 gramas de
alúmen em pó, 250 gramas de cloreto de sódio e 5 litros de água. Para a melhor
dissolução dos elementos químicos, a água pode ser aquecida. Entretanto, as
peles só devem ser mergulhadas quando a solução estiver morna ou fria. Essa
solução pode ser usada para o curtimento de 5 peles e pode ser utilizada 2
vezes desde que, após a primeira utilização, ela seja coada com um pano
(COMO..., 2011).
O valor de
comercialização das peles depende da aplicação correta das técnicas de abate,
esfola, secagem, curtimento e conservação (COMO..., 2011).
Fonte:
SOUZA, Gabrielle Chaiben Consentino Franco de -Criação de coelhos – Cunicultura
– Dossiê Técnico – TECPAR – 2011
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