Alimentação
Alimentação dos coelhos
O coelho é um animal
herbívoro que consome grandes quantidades de celulose, sendo capaz de
aproveitar mais de 80% da celulose existente nas forragens. Assim, a dieta
desses animais é baseada principalmente em forragens e grãos. Porém, dependendo
do objetivo da criação, é necessária a adição de alimentos de origem animal
para equilibrar as rações (AZEVEDO, 2008).
A alimentação nas
criações caseiras não oferece os mesmos problemas que nas criações industriais,
comerciais ou em grande escala. Nas criações caseiras, parte da ração granulada
pode ser substituída por forrageiras, leguminosas, hortaliças, gramíneas,
grãos, cítricos, ervas aromáticas e subprodutos da alimentação humana. As
hortaliças não devem conter produtos tóxicos e devem ser pré-murchadas para
evitar a fermentação que causa distúrbios intestinais (AZEVEDO, 2008;
TVARDOVSKAS; SATURNINO, 2007 apud RODRIGUES, 2007).
Os animais das criações
destinadas à comercialização são selecionados para alta produção e para que
deles seja obtida maior produtividade, eles precisam receber uma alimentação
adequada. A dieta desses animais deve ser composta de ração balanceada, ou
seja, uma ração com todos os nutrientes necessários para o bom desenvolvimento
do animal. Os reprodutores e as matrizes podem receber forragens à vontade e
ração de forma controlada dependendo do seu estágio fisiológico (AZEVEDO, 2008;
RIOS et al., 2011; FUNDATER, [200-?] apud RODRIGUES, 2007).
Os coelhos são animais
que crescem rapidamente e desenvolvem-se precocemente devido à constituição
química do leite materno, que é rico em proteínas e sais minerais. Quando
ocorre a desmama, a ração deve obedecer a uma relação nutritiva estreita que se
amplia à medida que o animal se aproxima da idade adulta (AZEVEDO, 2008).
Nas grandes criações, a
distribuição das rações deve ser feita em horários determinados e de uma a duas
vezes por dia para facilitar a digestão e para evitar indigestões e outras
perturbações intestinais (AZEVEDO, 2008).
Ração
A ração é encontrada em
duas formas: farelada e peletizada (granulada). Como o coelho é um animal
herbívoro, dotado de aparelho bucal adequado ao consumo de forragens, a ração
farelada é menos recomendável (RIOS et al., 2011).
A ração peletizada é
mais adequada, pois é constituída de pequenos grãos obtidos através da
prensagem do material em equipamento apropriado. Durante seu processamento,
ocorrem benefícios de natureza sanitária devido à ação de alta pressão e
temperatura que destrói possíveis micro-organismos nocivos que estão presentes
nas matérias-primas utilizadas na fabricação. Além desses benefícios, durante o
processamento ocorre a gelatinização do amido e da proteína, que melhora a
digestibilidade da ração (RIOS et al., 2011; RODRIGUES, 2007).
A quantidade de pó na
ração não deve ser maior que 3%, pois o pó da ração farelada pode provocar
problemas respiratórios nos coelhos, como rinites e pneumonias. Além disso,
pode induzir os animais a rejeitarem a ração (RIOS et al., 2011;
RODRIGUES, 2007).
Forragem
O objetivo principal
das forragens é atender as necessidades de fibras para os coelhos. Porém, a
forragem também deve ser escolhida em função do teor de proteínas, vitaminas,
minerais, produção de matéria seca, ausência de elementos tóxicos, boa palatabilidade
(odor, sabor e textura), boa digestibilidade, rusticidade e resistência a
pragas e doenças (RIOS et al., 2011).
Diversas forrageiras
podem ser utilizadas, destacando-se: rami, soja perene, guandu, alfafa,
gramíneas, restos culturais como palha de feijão e arroz, e pequenas porções de
verdura (RIOS et al., 2011).
As forragens podem ser
fornecidas de duas formas: natural ou de feno. Caso a escolha seja pela forma
natural, deve-se ter o cuidado de fornecê-la com baixo teor de umidade para
evitar diarreias e timpanismo (dificuldade na eliminação de gases) e garantir a
ingestão de maior quantidade de matéria seca (RIOS et al., 2011).
A forragem na forma de
feno é mais indicada por manter a qualidade e uniformidade do alimento ao longo
ano, pois o material é colhido ao mesmo tempo, quando apresenta ótimo
equilíbrio entre os nutrientes (RIOS et al., 2011).
Fonte:
SOUZA, Gabrielle Chaiben Consentino Franco de -Criação de coelhos – Cunicultura
– Dossiê Técnico – TECPAR – 2011
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