Gestação e parto


A gestação é proveniente da fecundação do óvulo pelo espermatozoide, formando o ovo. Seu início é marcado pela fixação desses ovos no útero, que passam pela fase de embrião e transformam-se em fetos. No sétimo dia da gestação, os embriões fixam-se nas paredes do útero e inicia-se a formação da placenta, cuja função é proteger e alimentar os embriões por meio do sistema circulatório materno (RIOS et al., 2011).

O período de gestação varia de 29 a 35 dias e é afetado pela raça, tamanho da ninhada e dade dos reprodutores. Ao longo desse período, o desenvolvimento do embrião é desigual, ocorrendo lentamente no início e rapidamente no final da gestação, sendo observado maior desenvolvimento nos últimos dez dias (RIOS et al., 2011).

Na semana que antecede o parto, os níveis de progesterona diminuem acentuadamente, alterando o comportamento da fêmea. De dois a três dias antes do parto, ela arranca os pelos da barriga para confeccionar o ninho para a parição e facilitar a amamentação (RIOS et al., 2011).

Durante a gestação, a anatomia das fêmeas é alterada. O útero aumenta de volume e sua forma, localização e consistência são modificadas. Esse aumento é responsável pelas fêmeas tornarem-se mais lentas e defenderem-se dos machos que tentam o acasalamento. As mamas também aumentam de volume e elas procuram locais mais escuros e sossegados (RIOS et al., 2011).

Outras modificações também ocorrem durante a gestação: digestão mais ativa (motivo pelo qual as gestantes têm mais apetite e engordam com facilidade); temperatura elevada; aumento da secreção urinária e láctea; e respiração mais acelerada (RIOS et al., 2011).

A alimentação das gestantes deve ser composta de alimentos nutritivos, proteicos e ricos em diversas vitaminas. Associadas a uma ração balanceada, as forragens verdes contribuirão para uma alimentação mais completa (RIOS et al., 2011).

Após o desenvolvimento do feto dentro do útero, ocorre o parto. Neste momento, mudanças hormonais acontecem. A progesterona, responsável pela inibição das contrações uterinas desaparece e a ocitocina, responsável pela aceleração das contrações é liberada (RIOS et al., 2011).

Em geral, o parto ocorre de madrugada e dura aproximadamente 30 minutos, com intervalo entre o nascimento de cada láparo de 1 a 5 minutos. Geralmente, a fêmea fica de cócoras e, à medida que os láparos nascem, ela corta o cordão umbilical e lambe os filhotes para limpá-los. Após o nascimento do último láparo, a placenta é expulsa e ingerida pela fêmea para evitar a vinda de animais (RIOS et al., 2011).

Durante o parto, deve-se evitar a presença de outros animais que podem irritá-las. Além disso, quando o parto ocorre com barulho e falta de água, pode ocorrer o canibalismo ou o abando da cria (RIOS et al., 2011).


Fonte: SOUZA, Gabrielle Chaiben Consentino Franco de -Criação de coelhos – Cunicultura – Dossiê Técnico – TECPAR – 2011

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