Coccidiose hepática


A coccidiose hepática é muito frequente nas criações de coelhos e causa muito prejuízo aos criadores devido à grande mortalidade que gera. É causada por protozoários, cujos ovos são expelidos junto com as fezes dos animais contaminados. Todos os coelhos podem ser atacados por esta doença, porém ela ataca preferencialmente os coelhos de 2 a 4 meses, na qual a mortalidade é maior (ANIMAL PLANET, [200-?]; AZEVEDO, 2008).

Os coelhos adultos atingidos por esta doença são bem resistentes, o que os torna, muitas vezes, portadores da coccidiose. Nesta condição, eles não apresentam os sintomas e tornam-se os propagadores da doença pela eliminação do protozoário pelas fezes. Assim, a propagação da doença ocorre por meio dos alimentos, água, coelheira e até pelo tratador. Porém, a coccidiose só será transmitida se houver a modificação do protozoário. Estas modificações são facilitadas pelo calor e pela umidade e tem início no momento em que os micróbios são expelidos pelo coelho e continuam até o momento da sua ingestão por um coelho sadio. Essas modificações demoram aproximadamente três dias. Durante esse período, caso um coelho sadio ingira o micróbio, ele não será infectado (ANIMAL PLANET, [200-?]).

Os coelhos portadores desta doença apresentam os seguintes sintomas: tristeza, abatimento, falta de apetite, pelos arrepiados, diarreia, ventre com volume aumentado. Em alguns casos, os animais podem ter convulsões e paralisia das patas. O fígado e o intestino também podem ser atacados (ANIMAL PLANET, [200-?]; AZEVEDO, 2008).

A morte do animal pode ocorrer em dias ou de dois a três meses. A doença deve ser diagnosticada por meio de exames laboratoriais, devendo o criador levar o animal doente ou morto a um laboratório especializado (ANIMAL PLANET, [200-?]).

Para evitar o aparecimento e a propagação da doença, as coelheiras devem ser limpas e desinfetadas diariamente, a criação deverá ser instalada em locais secos e amplos, os alimentos e água destinados ao consumo dos animais devem ser limpos e não devem entrar em contato com os excrementos. O piso das coelheiras deve ser de sarrafo ou tela para evitar o contato do animal com os excrementos (ANIMAL PLANET, [200-?]).

Os animais doentes devem ser isolados e os mortos devem ser queimados. Além disso, o estrume dos animais doentes não deve ser usado em hortas ou plantações que se destinem à alimentação dos coelhos (ANIMAL PLANET, [200-?]).

O tratamento curativo é feito a base de remédios sulfas. Porém, este só deve ser administrado quando houver certeza do aparecimento da doença e com bastante cautela, pois, em geral, causa perturbações no organismo do coelho. Os reprodutores que recebem este medicamento ficam, durante alguns meses, frios e indiferentes, não sendo possível realizar acasalamentos. Além disso, as fêmeas prenhas abortam facilmente e as com ninhadas perdem o leite (ANIMAL PLANET, [200-?]).


Fonte: SOUZA, Gabrielle Chaiben Consentino Franco de -Criação de coelhos – Cunicultura – Dossiê Técnico – TECPAR – 2011

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