Um pouco de história.

O coelho é originário da península Ibérica. Ao descobrir a Espanha, os fenícios teriam  os coelhos se proliferarem a tal ponto nessas regiões áridas que batizaram o país de I SPAH IM, que significa "País dos Coelhos", de onde derivou o nome "Hispania". 
A criação desses animais com o objetivo de consumo já era descrita no Império Romano, onde os animais eram colocados em grandes cercados nos quais podiam cavar suas tocas e reproduzir facilmente. No século XI, provalvelmente levado pelos monges que foram idealizadores de criação "Garenne" (áreas fechadas onde se concentravam os animais e nas quais eles se reproduziram livremente), o coleho transpôs Pirineus. Nessa época, os fetos dos coelhos eram particularmente apreciados para o consumo na quaresma.

Alimentando-se pouco, utilizando pouco espaço e reproduzindo rapidamente, constituía uma reserva de carne ideal para grandes expedições marítimas. Desde o século XVI, o coelho seguiu viagens ao longo das explorações ocidentais, se espalhando pela maior parte do mundo. Introduzido inadvertida ou intencionalmente, com frequência ele se desenvolvia em detrimento de espécies locais, quando encontrava condições favoráveis para tal.

No século XIX, com a abolição de privilégios senhoriais (fim das criações de garenne), surgiram as cuniculturas, que realizavam a separação por idades e sexos, permitindo a seleção consciente de diferentes raças. A partir da metade do século XIX, foram descobertas suas vantagens como animal de laboratório: notou-se que o coelho podia ser alimentado com beladona sem consequências prejudiciais e descobriu-se a atropinesterase.

Atualmente criado para produção de carne, lã (coelho angorá) e pele (coelho rex), é também um animal de laboratório muito útil. Desde 1962, existe na França um compêndio que registra padrões de coelhos, elaborado por uma comissão técnica. Foram recenseadas mais de 32 raças de coelhos domésticos, que se distinguem por suas pelagens, suas conformações e seus pesos. O coelho anão, versão miniaturizada destinada a animal de companhia, é uma forma de utilização dessa espécie pelo homem. Eis que essa variedade apareceu há 20 anos e representa a imensa maioria dos coelhos submetidos à consulta individual na clínicas veterinárias.

Fonte: Novos animais de estimação -  QUINTON, Jean-François - Editora Roca

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