PARTE DO TRABALHO DE BIOCLIMATOLOGIA

Como deve ser as instalações?
A criação doméstica não há necessidade de tantos gastos como numa industria.Mas, para evitar prejuízos, são necessárias, pelo menos, as seguintes instalações e equipamentos: gaiola, bebedouro, comedouro, manjedoura, ninho e cobertura.

Saiba, agora, como se monta um coelhário. A primeira preocupação deve ser com relação à água, que deve ser potável. As instalações precisam oferecer aos coelhos uma boa aeração, condições para que eles que eles não sofram com as mudanças brutas de temperatura e para que fiquem protegidos das chuvas, ventos, frio e sol direto.

Providencie, então, o galpão, que poderá ser construído de blocos de cimento de 10 cm, até a altura de 1,50m, fazendo-se pilares para sustentação do telhado, o qual poderá ser de duas ou uma só água. A cobertura pode ser feita com telhas de amianto, que não necessitam de muito madeiramento, ficando o telhado mais leve do que com telhas de barro.

As paredes devem ter 1,50m de altura e o restante poderá ser fechado com tela ou, ainda, com cortinas de plásticos usados para proteger os coelhos do vento. Depois de construído o galpão, instale as gaiolas de arame galvanizado, de tamanho padrão que são encontradas em lojas especializadas: 80 X 60 X 45 cm. Veja o modelo abaixo de uma coelheira dupla. Para uma criação pequena, o galpão poderá ter 8 X 4 metros, comportando inicialmente 16 gaiolas, isto é, oito em cada lado, para abrigar raças médias. Mas também poderá ser feito de tal maneira que, mais tarde, se construa outro tanto, para ser colocado como se fosse o segundo andar. Para 10 matrizes (para cada 10 fêmeas é necessário apenas um macho), são necessárias, no mínimo, 16 gaiolas: uma para o macho, uma para cada matriz, e algumas de reserva para os filhotes (antes de irem para a gaiolas de engorda).

As gaiolas devem ficar a 80 cm do solo. Fixadas as gaiolas, coloque os bebedouros e comedouros dentro de cada uma (normalmente as gaiolas já vem com comedouro externo, que são os ideais. Os bebedouros, também encontrados no mercado, são do tipo canudo e adaptados com uma garrafa do lado externo da gaiola). O corredor, entre as gaiolas, deve ser cimentado. A esterqueira, que fica sob as gaiolas, deve ter seu nível abaixo do corredor e ser inclinada para deixar o esterco sempre seco. O melhor é o uso de gaiolas de arame galvanizado, especiais para coelhos.

Essas gaiolas podem medir 80x60x40cm ou 60x60x405cm de altura e devem ser penduradas ou dispostas em pequenos galpões ou meia-águas ou galpões telados lateralmente, permitindo uma boa aeração (mas evitando os ventos que são nocivos), impedindo a entrada de animais estranhos à criação, a uma altura de 80cm do solo.

Podemos cimentar ou não o piso, mas deixar sob as gaiolas, uma valeta de terra de 30/40cm de profundidade para que permaneça permeável à água. Nela cairão os detritos que devem ser retirados periodicamente e que podem ser aproveitados como esterco para plantas ou como substrato para a produção de húmus e minhocas. Dentro dessa valeta, podemos colocar uma camada de pedra britada, uma camada de carvão vegetal, e em cima uma camada de areia lavada.

A água deve ser fornecida à vontade através de bebedouros automáticos ou em bebedouros tipo vaso, já a ração deve ser fornecida de maneira controlada, com a utilização de comedouros semiautomáticos ou comedouros tipo vaso.

Posicionamento das gaiolas

Individuais: colocadas em um só plano (andar), facilitam a inspeção, podem ser fixadas nas paredes, por outro lado, não se aproveita bem o espaço vertical do galpão.

Sistema de Baterias: as instaladas em vários andares superpostas, aproveitando o espaço vertical. Não dever ter mais de três andares, sendo que as gaiolas devem possuir coletores, em declive, de dejetos dos animais.

Sistema Californiano: as gaiolas são instaladas em andares, sendo que uma fica sobre as outras, em níveis diferentes.
OBS. Atualmente o único modelo utilizado é o individual, onde todas as gaiolas estão jno mesmo plano. Isto facilita a higienização e diminui a incidência de doenças entre os animais, além de facilitar a mão de obra.

MANEJO SANITARIO
De acordo com Segui 1989, sendo o coelho um animal de alta prolificidade e com um custo pequeno por animal, não compensa o custo de tratamento, havendo o risco de contaminação do restante do rebanho, no caso de ocorrência de certas doenças. Portanto, todos os animais que apresentarem sintomas de doenças devem ser retirados do galpão e, caso não apresentem melhora devem ser sacrificados.

A melhor forma de manter os animais livres de doenças consiste em proporcionar boas condições de higiene dentro dos galpões. Sendo o principal manejo para limpeza e desinfecção das gaiolas (comedouros, bebedouros e ninhos) feito com o auxílio de um lança chamas e desinfetantes.

Para a desinfecção dos galpões, principalmente do piso, utiliza se a cal virgem (calhação), água sanitária, iodo, etc. Em entradas de coelhários não se pode esquecer do pedilúvio, que pode ser de cal virgem ou algum tipo de desinfetante, prevenindo a entrada de algum agente patogênico para o interior da criação.


Comedouros
Devem ser de fácil limpeza, feitos de materiais resistentes à ferrugem; com bordas dobradas para dentro a evitar que se espalhem os alimentos; posicionados de forma a não contaminar os alimentos com os dejetos; de tamanho que não permita que o animal entre nele; deve ser prático, permitindo o manuseio do lado de fora da gaiola e se possível automatizado.

Eles possuem um ceco bem desenvolvido que desempenha função importante para o aproveitamento alimentar. No ceco ocorre a proliferação bacteriana (semelhante ao que ocorre no rúmem), e no período noturno o coelho se alimenta deste produto (cecotrofagia).

A energia contida no corpo dos animais é importante para as funções biológicas como o crescimento, reprodução, lactação...

Bebedouros

Comumente são utilizados os tipos vaso ou tipo "NIPLE" (automático), pois evitam que os animais se banhem ou contaminem a água.

FONTE: Trabalho de bioclimatologia - 2015 - Golin, E. et al.

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