Pariparoba

Nome Científico: Piper umbellatum L. 

Sinônimos Científicos: Pothomorphe umbellata (L.) Miq., Heckeria umbellata (L.) Kunth., Heckeria subpeltata (Willd.) Kunth., Lepianthes umbellata (L.) Raf. Ex Ramamoorthy, Piper subpeltatum Willd., Pothomorphe subpeltata (Willd.) Miq., Peperomia umbellata (L.) Kunth. 

Nomes Populares: Pariparoba, aguaxima, caapeba, caapeba-do-norte, caapebaverdadeira, caena, capeba, capeua, capeva, catajé, malvaísco, malvarisco, lençolde-santa-bárbara. 

Família Botânica: Piperaceae 

Parte Utilizada: Parte Aérea, Folhas e Talos

Descrição: Subarbusto ereto, perene, muito ramificado, com hastes articuladas e providas de nós bem visíveis, de 1,0-2,5m de altura, nativa de quase todo o Brasil, principalmente do sul da Bahia até MG e SP. 

Folhas amplas, com as bases pregueadas parecendo peltadas, cartáceas, de 15-23cm de comprimento, com pecíolo de 18-24cm. Flores pequenas e discretas, de cor creme-esverdeada, reunidas em inflorescência axilares espigadas de 4-8cm de comprimento. Multiplica-se por sementes.


Indicação e Usos: A planta é ocasionalmente cultivada para fins ornamentais, contudo é mais conhecida na medicina popular de quase todo o Brasil, onde são empregadas sua folhas, hastes e raízes. É considerada diurética, antiepilética, antipirética, usada contra doenças do fígado, inchaços e inflamações das pernas, contra erisipela e filariose. 

O decocto das raízes é indicado para doenças do fígado e da vesícula. Como diurética e estimulante das funções estomacais, hepáticas, pancreáticas e do baço é indicado o seu chá, preparado adicionando-se água fervente a 1 xícara (chá) contendo 1 colher (chá) de raízes picadas, na dose de 1 xícara (chá) pela manhã em jejum e outra antes do almoço. 

Para febre e afecções das vias respiratórias (tosse e bronquite) é indicado o seu xarope, preparado com 1 colher (sopa) de folhas e hastes picadas em 1 xícara (chá) de água em fervura durante 5 minutos, adicionando-se em seguida 2 xícaras (café) de açúcar cristal e levando-se ao fogo novamente até dissolver o açúcar, devendo-se ministra-lo 1colher (sopa) 2-3 vezes ao dia, reduzindo-se esta dose pela metade para crianças. 

A cataplasma de suas folhas é empregada externamente em aplicação localizada para maturação de furúnculos, queimaduras leves, dor de cabeça e reumatismo. 

Um estudo farmacológico com ratos confirmou sua atividade antimalárica sobre Plasmodium berghei, tanto via oral como subcutânea. 

Num outro ensaio provou-se a ausência de atividade mutagênica desta planta. No seu extrato encontrou-se alta atividade antioxidante. 

Atualmente, o extrato de suas folhas é comercializado por empresas de cosméticos na forma de composições dermocosméticas tópicas para antienvelhecimento, devido às atividades antioxidante e fotoprotetora comprovadas cientificamente nesta espécie, atribuída ao fenilpropanóide 4-nerolidilcatecol, além de outras atividades farmacológicas atribuídas a esta espécie, tais como tratamento de epilepsia, disfunção hepática, bronquite asmática, cicatrizante e anti-inflamatório, febrífugo, sedativa e analgésica, repelente de insetos, anti-malária. 

Estocagem e validade: Deve ser estocado hermeticamente fechado, ao abrigo da luz solar direta e do calor. 

Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação. 
 Poderá ocorrer formação de precipitado e/ou turbidez durante a estocagem, sem alterar as propriedades. 
 Alterações da cor são esperadas por modificações dos compostos coloridos das plantas. 

Contraindicações: Em dose acima da indicada pode provocar náuseas, vômitos, cólicas, diarreia, febre, cefaleia, tremores nos membros que podem evoluir até a paralisia, erupções urticosas na pele, aumento da diurese. 

Doses acima da recomendada pode causar inflamação colescistica e pielorenal, dores nas regiões, hepato-vesicular, lombar e vesical, ematuria, presença de cristais de oxalato, uratos, de bile e de alguns resíduos celulares, sedimentos e resina na urina.  

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Referências Bibliográficas: 
1. LORENZI, Harri; ABREU MATOS, F.J. Plantas Medicinais no Brasil Nativas e Exóticas. Instituto Plantarum, 2ª Edição, Nova Odessa – SP - Brasil, 2008. 
2. PARIPAROBA. Disponível em: http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Piper_umbellatum.ht
3. MATTANA, R.S.; FRANCO, V.F.; YAMAKI, H.O.; MAIA E ALMEIDA, C.I.; MING, L.C. Propagação vegetativa de plantas de pariparoba em diferentes substratos e número de nós das estacas.

Fonte:http://naturell.com.br/wp-content/uploads/2015/02/Literatura_Pariparoba.pdf

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