Doenças comuns em coelhos de companhia
M.V.
Regina Maria Blatt
Evelyn
Golin estudante de medicina veterinária
RESUMO
Atualmente, o coelhotem sido eleito como um
animal de companhia principalmente pelos moradores de apartamento, e é atendido
nas clínicas veterinárias com mais frequência. Porém, os tutores desses animais
encontram dificuldades no atendimento clínico pela falta de especialistas, a
pouca variedade de medicações, rações específicas para a espécie. As principais
doenças encontradas pelos clínicos são as dificuldades locomotoras, odontológicas,
enteropatias, doenças no trato respiratório, ectoparasitas, além do erro de
manejo alimentar.
Palavras-chave: ração, enfermidade, medicação,
coelho,
Introdução
O objetivo deste artigo técnico é orientar o
setor de
cunícola pet, abordando fatos que os coelhos hoje
são levados às clínicas veterinárias e pet shops. Com o crescimento da linha pet, o coelho tem sido um animal muito apreciado principalmente pelos moradores de apartamento, (casal sem filhos, solteiros) como animal de estimação, por apresentar-se como animal inteligente, afetuoso, que ocupa pouco espaço e de fácil manejo. Foram assim por sua vez introduzidos nas clínicas de pequenos, mas, são classificados como “animais exóticos”, uma mudança radical para o veterinário acostumados em atender cães e gatos. Para o veterinário o maior desafio é encontrar medicação específica para espécie, indicação da alimentação adequada, laboratórios clínicos e especialistas em diagnóstico por imagem com tal especialização, mas, na última década essa realidade vem sendo modificada, pois, nas principais capitais e nos grandes centros do país já existem alguns profissionais especializados, sabe-se que na maioria do país essa realidade não se confirma, assim como acesso a medicações e farmácias de manipulação veterinária e nem tampouco acesso a ração específica para este animal.
cunícola pet, abordando fatos que os coelhos hoje
são levados às clínicas veterinárias e pet shops. Com o crescimento da linha pet, o coelho tem sido um animal muito apreciado principalmente pelos moradores de apartamento, (casal sem filhos, solteiros) como animal de estimação, por apresentar-se como animal inteligente, afetuoso, que ocupa pouco espaço e de fácil manejo. Foram assim por sua vez introduzidos nas clínicas de pequenos, mas, são classificados como “animais exóticos”, uma mudança radical para o veterinário acostumados em atender cães e gatos. Para o veterinário o maior desafio é encontrar medicação específica para espécie, indicação da alimentação adequada, laboratórios clínicos e especialistas em diagnóstico por imagem com tal especialização, mas, na última década essa realidade vem sendo modificada, pois, nas principais capitais e nos grandes centros do país já existem alguns profissionais especializados, sabe-se que na maioria do país essa realidade não se confirma, assim como acesso a medicações e farmácias de manipulação veterinária e nem tampouco acesso a ração específica para este animal.
Discussão
Literária
Por se tratar de um animal que se adquire em
pet shops poucos especializados, internet e também de granjas de criação caseira
esse animal sofre ao ser introduzido sozinho em uma gaiola, onde passa ter
contato apenas com os seus tutores em único período do dia, algo que não se é
dito para o tutor que se trata de um animal noturno, que convive em bando, que
sente a necessidade de “roer” para desgaste dos dentes incisivos que não param
de crescer durante sua vida.
Ao ser levado na clínica veterinária do bairro
a surpresa de não terum veterinário especializado em coelhos e também no local
onde foi adquirido a orientação errada no manejo do animal se acentua agravando
o perigo no desenvolvimento de enfermidades, como a sarna de ouvido (Psoroptes cuniculli), uma doença comum
que apresenta prurido intenso, descamação e crostas, podendo evoluir para a
otite bacteriana ser tratada de maneira fácil sem utilização de antibiótico
e/ou antiparasitários injetáveis, nem sempre o médico veterinário tem a
informação que apenas durante 3 dias seguidos pingar 4 gotas de ivermectina a
1% em cada pavilhão auricular depois de 15 dias repete o processo, a cura do
animal pode ser feito pelo próprio tutor após uma indicação do médico
veterinário.
Fato muito comum é o animal chegar nas clínicas
com quadros de lesão na coluna por erro de manejo onde o tutor e/ou uma criança
pega o coelho de qualquer maneira o mesmo se atira e ao cair lesiona a coluna e
o mesmo perde movimentos dos esfíncteres, membros posteriores e/ou anteriores,
sendo que o prognóstico desta lesão ainda é muito ruim, ou seja indicação a
eutanásia (Cubas et al., 2006).

Fonte:
Manual de Cunicultura
A mal oclusão de incisivos é muito comum em
animais criados em gaiola, porque os mesmos ficam restritos a ração e não tem
como e nem onde desgastar os dentes que não param de crescer em sua vida, causando
anorexia ao animal, emagrecimento e suprimindo o sistema imune facilitando o
desenvolvimento de microrganismos patógenos levando a uma inflamação
secundária; mais uma ocorrência são as unhas dos coelhos; que crescem muito
causando arranhões e feridas nos mesmos e em seus tutores, no primeiro caso
somente o médico veterinário tem a orientação técnica e devida para a retirada
dos dentes e tratamento de uma possível infecção secundária através da
medicação específica, o veterinário também fica a cargo de orientar o tutor que
lhe dê alguns “brinquedos de madeira” preferencialmente pinus sem nenhum
tingimento para que este animal não passe pelo estresse de ser anestesiado e novamente
passar por uso contínuo de medicações incluindo antibióticos que por sua vez
pode desencadear uma enterite, como por exemplo, ao se utilizar penicilina
neste animal. O tutor pode ser orientado pelo veterinário de como executar o
corte das unhas de seu animal que é muito simples, fazendo uso de uma tesoura
para unhas de gato, corta-se sempre antes dos vasos para que não haja sangramento
e inflamação na unha do animal.
A enteropatia também é uma doença recorrente
entre os coelhos de companhia e não somente em coelhos de produção como se
pensava anteriormente, devido à falta de orientação os tutores fornecem em
demasia alguns alimentos pode ocasionar problemas, como por exemplo: excesso de
folhas de: alface ou de cenoura, ambos pode levar o animal a óbito em menos de
24 horas no primeiro alimento por uma enterite aguda não reversiva caso o
animal não seja levado imediatamente ao veterinário, no segundo alimento devido
a quantidade de glicose o animal pode desenvolver diabetes mellitus, outro erro
de manejo alimentar muito comum entre os tutores é a mania de comer guloseimas
e fornecê-las ao animal, porque ele estava olhando, esse tipo de manejo além de
deixar o animal com déficit de algumas substâncias essenciais podem levar também
o animal a um quadro de disenteria, podendo levar o animal a óbito, em todos
esses exemplos aqui citados um simples aconselhamento por parte do veterinário
ao tutor resolve a maioria deles, por exemplo: em vez de dar várias folhas de
alface, troque pelos talos de salsinha que a maioria das pessoas acabam
dispensando em suas lixeiras, assim como use os rolinhos de papel higiênico que
vai para o lixo encha-o com feno, isso além de tranquilizar o animal faz bem à
ele, em vez de dar uma cenoura inteira corte-a
ministre no máximo 2 vezes por semana, ou melhor ainda, forneça a rama
da cenoura que também é desprezada, NUNCA
fornecer biscoitos, bolachas recheadas, alimentos cozidas e gordurosos, carnes,
pizzas, salgadinhos ao animal.
O médico veterinário dessa espécie ele é o
mentor dos tutores desses animais, porque se existem erros no manejo alimentar
de pequenos animais, quando se trata de lagomorfo o problema é maior. Um fato
também comum para os tutores inexperientes é quando a sua fêmea tem alguns
filhotes e não amamenta o que fazer? Existe uma receita muito simples, porém,
trabalhosa em sua administração que é: Uma medida de leite em pó para gatos,
uma gema de ovo cozido, 3 partes de água, 3 colheres de sopa de creme de leite,
misturar tudo e oferecer 2 vezes ao dia morno aos láparos, o fornecimento é por
seringa de insulina de 1 ml, administrando 2 ml por vez para cada láparo. Essa
receita pode ser conservada em geladeira por dois dias; antes de oferecer aos
animais esquente no fogão, NUNCA usar
micro-ondas, esse alimente para os láparos vem para suprir a falta e sucedâneo
para essa espécie em específico, outra lacuna de mercado, tanto para pet quanto
para o mercado de carne de coelho.
A literatura recomenda utilizar em caso de
dores ácido acetilsalicílico, mas, na clínica por se tratar de um animal
delicado e de difícil diagnóstico o melhor entre a comunidade veterinária é
tratar do coelho com quase todas as recomendações para felinos, neste caso NÃO usar o Paracetamol, utilizar o Tylenol
infantil 3 gotas para cada quilo de animal vivo de 8 em 8 horas, o uso do
medicamento infantil é por conta da palatabilidade o animal aceita sem estresse
na administração do mesmo.
Assim como tratar o coelho com vinagre de maçã
em sua água todos os dias utilizar cerca de uma ou duas colheres de vinagre
para cada litro de água, isso evita o crescimento de microrganismos patogênicos
na flora intestinal, ou seja, impede a disenteria, sem contar que diminui o
odor característico da urina deste animal, esse protocolo de acidificação do
trato digestivo associado aos antibióticos é muito utilizado para o combate de
enterite por Clostridium spiroforme.
Simonato (2012) afirma que: “ectoparasitas como
carrapatos e pulgas também são observados frequentemente. As medicações podem
ser a selamectina, ivermectina, imidacloprida e nas miíases ou bicheira a
limpeza local e a aplicação de unguento são uma boa opção”. A forma de
administração desses medicamentos sempre fica a cargo do médico veterinário,
porém, pela dificuldade do tutor encontrar um veterinário especializado o mesmo
se encaminha até a agropecuária mais próxima, onde lá lhe indicam o Fipronil,
esse tipo de medicamento é extremamente tóxico ao coelho, leva-o a morte em no
máximo 72 horas após a aplicação, os primeiros sintomas de intoxicação de
coelho são: lacrimejamento dos olhos, torcicolo, anorexia e tremores, o animal
fica apático e não se movimenta como antes, o primeiro procedimento é banhar o
animal com sabão neutro para retirar todo produto, fornecer solução fisiológica
e/ ou solução glicosada, até chegar no veterinário, para que se evite morte
súbita.
Colibacilose: São enterites causadas por
colibacilos de sorotipos patogênicos especificamente para os coelhos. O
sorotipo é espécie-específico; portanto, não é sorotipo é espécie para outro.
(QUINTON, 2005)
Enterite por Clostridium spiroforme: A antibioticoterapia inapropriada é um dos
principais fatores desencadeantes. Esse germe sintetiza uma toxina mortal,
conhecida como IOTA-Like, que destrói as mucosas intestinal e cecal. O
tratamento consiste em acidificar o trato digestivo, administrando água
misturada com vinagre, associada a antibióticos. (QUINTON, 2005)
Doença de Tyzzer: é causada por uma bactéria
intracelular, Clostridium piliforme,
cuja forma esporulada pode resistir por mais de um ano no ambiente. Acomete
indivíduos com imunossupressão e filhotes em período de desmama, ou adultos
submetidos a estresse. A contaminação se instala por via oral; os portadores
sadios representam a fonte de infecção. (QUINTON, 2005)
A enterite viral – coronavírus pode ser
responsável por enterite fatal em coelhos filhotes, ainda no ninho.
Enterite parasitária: coccídeos: pode se
desenvolver de duas formas: coccidiose hepática ou coccidiose intestinal.
A primeira é um achado de necropsia, pois é,
assintomática e a segunda é se trata de uma enterite fatal, mas, o diagnóstico
difícil.
Enterite por helmintoses: a alta infestação por
oxiúros (passalurus ambiguus) pode
provocar diarreia, o coelho manifesta irritação na região anal. (QUINTON, 2005)
Estase intestinal é muito recorrente em coelho
de companhia, que pode acontecer por desiquilíbrio alimentar, como consequência
indireta de maloclusão e também lipidose hepática, podendo ser resolvida de
forma rápida através de 5 gotas de tylenol infantil a cada 8 horas, hidróxido
de alumínio na água do animal e 22 gotas (no máximo) de simeticona 2 vezes ao
dia.
As infecções respiratórias são mais frequentes em
coelhos anãos devido seios respiratórios curtos, assim como a Pasteurella Multocida é muito frequente
como doença de trato respiratório, cujo o prognóstico é sempre reservado.
A Pasteurella
Multocida é bactéria gram negativa, que secreta toxina dermonecróticas,
favorecendo a adesão e a colonização da mucosa respiratória. A pasteurelose é
uma patogenia que não acomete somente o trato respiratório, é responsável
também por colonização em vários órgãos. O tratamento desta patogenia é longo e
deve ser por administração de antibióticos, como: gentamicina, tetraciclina
(lembrando que esta pode levar a diarreia no coelho), associação de
sulfamida-trimetropina, o tratamento é de no mínimo 14 dias podendo se estender
até dois meses.
Otodectose: (Psoroptes cuniculi) mais conhecida com sarna de ouvido, o sintomas
mais comuns entre os lagomorfos é o balançar das orelhas e o prurido intenso
que induz lesões, e também pelas crostas que se forma no pavilhão auricular do
animal é de fácil cura.
Dermatofitose: as lesões se localizam
principalmente na cabeça, orelhas, e patas é aparentemente semelhante a
alopecia, usualmente utilizado cetoconazol via oral.
Pododermatite ulcerativa patogenia relacionada
ao piso da gaiola, excesso de peso do animal, cama úmida, não havendo nenhuma
dessas possíveis causas pode ser relacionada a alérgenos ou predisposição
genética, inflamação sem ulceração se trata com álcool canforado ou solução de
clorexidina, troca da cama e/ou do piso da gaiola, aplicar pomada antisséptica e
cicatrizante no local acometido.
Torcicolo (síndrome vestibular) são de causas
variadas os animais se infectam após ingestão de feno contaminado por larva migrans.
Hoje em dia usam-se ainda muitas medicações de
pequenos animais adaptados e com as doses são ajustadas para coelhos (Tab: 1 - Tabelas de medicamento), pois, já
existe o desenvolvimento de medicamentos específicos para a espécie, já existe inclusive
uma vacina que não é exclusiva para a espécie, mas, também deve ser
administrada conforme a indicação do fabricante, a vacina Covesin 9, essa vacina é específica para clostridiose, o próprio
fabricante recomenda que seja administrado 1 ml da vacina por animal; os
laboratórios de análises clínicas que são preparados para receber as amostras
de sangue, urina e fezes, e os laboratórios que executam exames de imagens
como: RX, ultrassom, ressonância magnética, etc, a dificuldade para envio
dessas amostras ainda está na localização desses que se instalaram em grandes
centros dos principais estados, ou seja, se a coleta do material vier de um
estado ou cidade longínqua ao laboratório a amostra é perdida, esse tipo de
entrave que existe na medicina de mamíferos exóticos.
Tab 1 :
Tabela de fármacos para coelhos
Farmaco
|
Indicação
|
Dose
|
Adm
|
Aspirina
|
Aines
|
10-100
mg/kg 12/12h
|
VO
|
Carprofeno
|
Aines
|
2,2
mg/kg 12/12h
|
VO
|
Cetoprofeno
|
Aines
|
1
mg/kg 12/12h
|
IM
|
Ibuprofeno
|
Aines
|
2-7,5
mg/kg 6-8h
|
VO
|
Meloxican
|
Aines
|
0,2
mg/kg 24/24 h
0,3 mg/kg 24/24h |
SC
VO |
Afectrin
|
Antibiótico
|
0,5
ml/animal 12/12h 3 a 5 dias
|
VO
|
Amoxicilina
|
Antibiótico
|
6,6
- 20 mg/kg 8-12 h
|
VO
|
Amoxicilina trihidratada
|
Antibiótico
|
12,5
a 25g/ 100L de água
|
VO
|
Ampicilina
|
P.
Pneumotrópica
|
9mg/
animal por 5 dias
|
SC
|
Cefalexina
|
Antibiótico
|
11
-22 mg/kg 8/8h
|
VO
|
Cetoconazol
|
Fungicida
|
10-50
mg/kg 24/24h
|
VO
|
Ciprofloxacino
|
Antibiótico
|
7-20
mg/kg 12/12h
|
VO
|
Clorafenicol
|
P.
Pneumotrópica
|
0,25
mg/L de água por 15 dias
|
VO
|
Cloranfenicol
|
Bordetela/
Mastite |
30
mg/kg 24/24h por 5dias
|
VO
|
Cloridrato de
difloxacino |
Antibiótico
|
5-10 mg/kg
24/24h
|
VO
|
Clorpififós
|
Larvicida
|
utilizar
na lesão
|
Tópico
|
Clortetraciclina
|
Antibiótico
|
50
mg/kg 24/24h
|
VO
|
Coccidine
|
Enterite
|
1ml/L
de água 5d para 3d e repete
|
VO
|
Coccisal
|
P.
Multocida
|
66
mg/L de água 3 dias
|
VO
|
Curso Clin*
|
Enterite
|
um
envelope em 10L/ água
|
VO
|
Dexametasona
|
Glicocorticóide
|
0,5
- 2mg/kg 12/12h
|
VO
|
Diclazurila*
|
Antibiótico
|
0,2
g/kg de ração
|
VO
|
Doxiciclina
|
Antibiótico
|
4
mg/kg 24/24h
|
VO
|
Enrofloxacino
|
Antibiótico
|
5-10 mg/kg 12/12h
|
SC
|
Eritromicina
|
Antibiótico
|
10-20 mg/kg
12/12h
|
VO
|
Espirimicina
|
Antibiótico
|
50mg/kg 12/12h
|
SC
|
Florfenicol
|
Antibiótico
|
22
mg/kg 8/8h
|
VO
|
Fluconazol
|
Fungicida
|
25-43
mg/kg 12/12 h
|
EV
|
Flumicina
|
Antibiótico
|
15-30
mg/kg 12/12h
|
SC
|
Fosfato de
tilmicosina |
Antibiótico
|
10
mg/animal dose única
|
SC
|
Gentamicina
|
P.
Multocida
|
1mg/kg
por 5dias
|
SC
|
Griseofulvina
|
Fungicida
|
2,5
mg/kg 12/12 h
|
VO
|
Hidrocloridrato
tetraciclina |
P.
Multocida
|
100
mg/L na água
|
VO
|
Hidroxizina
|
Anti-histamínico
|
2
mg/kg 8/8h
|
IM
|
Irondel*
|
Antibiótico
|
0,25mg/kg 3 a 5 dias
|
IM
|
Marbofloxacino
|
Antibiótico
|
2-5
mg/kg 24/24h
|
SC
|
Metronidazol
|
Antibiótico
|
20
mg/kg 12/12h
|
VO
|
Neomicina
|
Antibiótico
|
utilizar
na lesão
|
Tópico
|
Oxitetraciclina
|
P.Pneumotrópica
|
3,5
mg/animal por 5 dias
|
IM
|
Oxitetraciclina/
lidocaína |
Enterite
bacteriana
|
0,25
ml/kg 24/24h
|
SC
|
Penicilina
|
P.
Multocida
|
60.000UI/kg
por 10 dias
|
SC
|
Penicilina G
|
Antibiótico
|
20.000
- 40.000 UI/kg 8/8h
|
IM
|
Prado Colo oral*
|
Shigela
|
25g/5kg
de ração
|
VO
|
Prednisolona
|
Gicocorticóide
|
0,5-
2 mg/kg 24/24h
|
VO
|
Rifamicina
|
Antibiótico
|
5-10
mg/kg 8/8h
|
IM
|
Sulfadiazina/
Trimetropina |
Antibiótico
|
15-30
mg/kg 12/12h
|
VO
|
Sulfaquinoxaleina
|
P.
Multocida
|
0,05
g/kg de ração
|
VO
|
Sulfato de
Cefiquinona |
Antibiótico
|
1mg/animal 24/24h
por 2 dias
|
IM
|
Tetraciclina
|
P.
Multocida
|
1mg/kg
por 21 dias
|
SC
|
Tilosina
|
Antibiótico
|
7-15
mg/kg 12/12h
|
IM
|
Tormicina 100
|
Ecoli/
Bordetela
|
0,5
ml/kg 1x
|
IM
|
Tulatromicina
|
Antibiótico
|
1mg/kg
dose única
|
IM
|
ADE
|
Vitamina
|
0,5
ml/animal a cada 75 dias
|
SC
|
Antitóxico mogivet*
|
Antitóxico
|
1
ml/animal
|
IM
|
Antitóxico oral
|
Antitóxico
|
20
a 30 gotas 2 a 3 /dia
|
VO
|
B12
|
Vitamina
|
0,5
ml/animal
|
SC
|
Bulvitan*
|
Vitamina
|
2ml/
animal
|
VO
|
Buserelina
|
LH,
FSH
|
0,2ml/animal
1x
|
IM
|
Carbaril
|
Pulga/
carrapato
|
5g/animal
pulverizar
|
*-*
|
Cefotaxina sódica
|
Infecção
urinária
|
2,2-4,4
mg/kg 24/24h
|
SC
|
Coccidine
|
Enterite
|
1ml/L
de água 5d para 3d e repete
|
VO
|
Covesin 9*
|
Vacina
clostridiose
|
1
ml/animal
|
SC
|
Creamex Pet*
|
Cicatrizante
|
utilizar
na lesão
|
Tópico
|
Curso Clin*
|
Enterite
|
um
envelope em 10L/ água
|
VO
|
Dexametasona
|
Glicocorticóide
|
0,5
- 2mg/kg 12/12h
|
VO
|
Dipirona
|
Analgésico
|
6-12 mg/kg 12/12h
|
VO
|
Ducálcio*
|
Polivitamínico
|
5-10
ml/ animal 15 dias
|
VO
|
Ectonosol
|
Sarna
|
utilizar
na lesão
|
Tópico
|
Ferro Dextrano
|
Anemia
|
4-6
mg/kg única aplicação
|
IM
|
Ferro SM (ferro, comp.B)
|
Ferro
/ Comp B
|
20
gotas/dia
|
VO
|
Fertagyl
|
LH,
FSH
|
0,2
ml/animal
|
IM
|
Folligon 1000UI
|
LH,
FSH
|
40
UI Folligon/animal
|
IM
|
Gluconato Cálcio
|
Hipocalemia
|
02
ml/animal
|
EV/IM/SC
|
Glutamax
|
Aminoácido
|
4
gotas/ 100ml de água
|
VO
|
Hidróxido alumínio
|
Gases
|
30mg/kg 8/8h
|
VO
|
Hidroxizina
|
Anti-histamínico
|
2
mg/kg 8/8h
|
IM
|
Imidadoprina
|
Ectoparasita
|
utilizar
na lesão
|
Tópico
|
Ivermectina
|
Antihelmíntico
|
0,5ml/animal
1x depois 15 dias repete dose |
SC
|
Metroclopramida
|
Gases
|
02
gotas 06/06h
|
VO
|
Moxidectina
|
Endotoxida
|
0,2
mg/kg a cada 10 dias
|
VO
|
Norfloxacino
|
Atb
trato urinário
|
22
mg/kg 12/12h
|
VO
|
Oxitetraciclina/
lidocaína |
Enterite
bacteriana
|
0,25
ml/kg 24/24h
|
SC
|
Piperazina
|
Oxiuríase
|
0,5
g/kg/dia por 2 dias
|
VO
|
Piperazina
|
Antihelmíntico
|
2,5g/L
na água
|
VO
|
Piretrina
|
Pulgas
|
uso
de filhote de gato
|
Tópico
|
Potenfort B12
|
Gestação/
Lactação |
1ml/kg
durante 3 dias
|
VO
|
Prednisolona
|
Glicocorticóide
|
0,5-
2 mg/kg 24/24h
|
VO
|
Promotor L*
|
Comp.
Vitamínico
aminoácidos |
2ml/L
na água por 7 dias
|
VO
|
Rocefin
|
Sífilis
coelho
|
40
mg/kg 12/12 h por 2 dias
|
IM
|
Selamectina
|
Antihelmíntico
|
0,5ml/animal
1x depois 15 dias repete dose |
SC
|
Simeticona
|
Gases
|
22
gotas 12/12h
|
VO
|
Soro antiofídico
|
Antídoto
|
conforme
a necessidade
|
*-*
|
Soro antitetânico
|
Tétano
|
100.000UI
12/12h terapêutico
1500 UI 12/12h profilático |
EV
|
Suco de abacaxi
|
Tricobezoares
|
10
ml de suco por 5 dias
|
VO
|
Sulfadiazina AG/
Sulfato de neomicina |
Cicatrizante
|
utilizar
na lesão
|
Tópico
|
Sulfadiazina/
Pirimetrina |
Pneumocistose
|
10-15
mg/kg 12/12h
|
VO
|
Sulfametoxazol/
Trimetropina |
Pneumocistose
|
15
mg/kg 12/12h 5 dias
|
VO
|
Sulfato Ferroso
|
Anemia
|
4-6
mg/kg 24/24h
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VO
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Tetratiuran
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Ectoparasita
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utilizar
na lesão
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Tópico
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Triclorfon
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Piolho
e sarna
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pulverizar
animal e local
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*-*
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Trobamicina/
Norfloxacino |
Atb
Oftalmológico
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01
gota em cada olho 24h
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Parenteral
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Vitamina C
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Vitamina
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100
mg/kg 12/12h
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VO
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Vitamina K
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Hemorragia
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01ml/animal 1x
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IM
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*Nome comercial dos fármacos e suas funções.
Mercado pet de rações específicas para
mamíferos não convencionais ou exóticos, existe no mercado uma gama grandiosa
de alimentação para esses animais, porém, com toda a diversidade existem poucos
tipos específicos para coelho em sua diversidade de: sexo, raça, tamanho,
pelagem, pois, para cada item mencionado há uma exigência específica de
alimentação, um exemplo claro que o mercado não oferece ração específica para
coelha gestante e lactante.
Existe no mercado hoje uma ou duas marcas que
oferecem ração para coelhos anão, filhotes e adultos, porém, não é o suficiente
para a quantidade de animais que temos e suas peculiaridades, formando um
exemplo claro é: uma fêmea gestante anã de pelos longos tem uma demanda de
vitamina C muito maior, que uma fêmea gestante gigante de pelo curto, ou seja,
a primeira fêmea necessita de suplementação de vitamina C enquanto a segunda
precisa de uma suplementação maior de proteínas porque pelo seu porte físico e
que terá um número maior filhotes por gestação sendo assim precisará de uma
quantidade maior de lactação, com isso, afirmo que ainda faltam muitos estudos por parte da
medicina veterinária, farmacêutica e também da indústria de ração para essa
espécie.
Considerações
Finais
Apesar da indústria farmacêutica veterinária no
Brasil está em pleno avanço ainda sente muito a falta de medicamentos
específicos para os coelhos, contudo, existe sim, um nicho de mercado em
exploração ainda muito tímido, porém, em crescimento, a gama de medicação e
doses específicas para esta espécie deixa a desejar levando os profissionais a
adequar os medicamentos existentes para pequenos animais aos lagomorfos.
A grande quantidade de veterinários silvestres
e veterinários especialistas em diagnóstico por imagem não supre a falta de
profissionais veterinários especialistas em coelhos, outro ponto a ser discutido
na formação de novos profissionais é que nos cursos de medicina veterinária
ainda não veem o coelho como animal de pequeno porte e não são acrescidos em
aulas de clínica específicas para o tratamento desse animal que está frequente,
esta afirmação se completa pelos tutores de coelhos que não encontram e sentem
a dificuldade em profissionais específicos no tratamento de seus animais.
O mercado da indústria de rações também tem sua
parcela de dificuldade para os tutores de lagomorfo, porque, hoje o mercado tem
muitas variedades de ração, entretanto, não há diversidade ainda de alimento específico
para as faixas etárias, tamanhos e raças de coelhos, o mais comum é a venda de
ração peletizada a granel que é a mesma para coelhos de produção. Além de todas
essas afirmações os médicos veterinários que atuam com essa espécie ainda
sofrem com a literatura escassa e antiga, não há no mercado muita coisa nova
escrita sobre esse animal como pet somente como produção mesmo assim a
literatura deixa a desejar para os dias atuais. Enfim para os coelhos existe muito mercado
para as indústrias de ração, farmacêuticas, médicos veterinários, porém, com
todas essas afirmações o que também falta é interesse por parte de todos no
investimento desta espécie.
Referências
bibliográficas
ANDRADE, A. et al., Animais de Laboratório –
criação e experimentação, Ed FioCruz, 2002.
BIRCHARD, S. J.; SHERDING, R. G. Manual
Saunders: clínica de pequenos animais. 2.ed. São Paulo: Roca, 2003.
CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J.
L. Tratado de animais selvagens: medicina veterinária. São Paulo: Roca, 2006.
HARKNESS, J.E.; WAGNER J.E. Biologia e Clinica
de coelhos e roedores. 3. Ed. Roca, 1993.
MELLO, H. V.; SILVA, J. F. Criação de coelhos –
Coleção do Agricultor. Editora Globo, 1988.
QUINTON, J.F., Novos animais de estimação –
pequenos mamíferos – Ed. Roca – 2005.
RODRIGUES, H. Nutricion de los conejos, 2009
SIMONATO, M. T. Principais doenças de coelhos
de companhia. IV Seminário Nacional de Ciência e Tecnologia em Cunicultura,
Botucatu, 2012.
SINDAN, Compêndio de produtos veterinários
2013-2014 – 1 Ed., Ed MedVet, 2013.
VIANA, F. A. B. Guia terapêutico veterinário.
2. Ed. Lagoa Santa: Gráfica e Editora CEM, 2007.
VIEIRA, M.I., Doenças dos coelhos – manual
prático – 2 Ed. – Ed. LPM - 1980
Golin, E. Cunicultura mais que
criação é um hobby, 2017. Disponível em:< https://cunicultando.blogspot.com.br/>.
Acesso em: 01 de abr. 2017.
PS.:- Para nos ajudar veja o link: Quero escrever um livro e ajuda no Apoia se
olá, eu fiz uma leitura do teu artigo, e gostaria de saber se vc publicou ele? Se publicou, onde posso ter acesso?
ResponderExcluirEstou procurando um artigo sobre mamíferos, e pensei nos coelhos de raça de pequeno porte, os criados como animais de estimação, vc pode me indicar algum artigo? é para fazer uma apresentação. Obrigada e parabéns pelo teu artigo.
Oi, Mari, este artigo foi enviado e aceito pela ACBC ainda não tem data para a publicação a priori será em junho/2017, mas, não sei ao certo se será?
ResponderExcluirCaso queira mais informações aqui é o canal ou www.acbc.org.br é o maior acervo de publicações sobre cunicultura do Brasil.
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